Mobilidade e autonomia na vivência de crianças urbanas: uma etnografia do parque público infantil

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ISSN: 23189282
Editor Chefe: Lúcia Rabello de Castro
Início Publicação: 31/12/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Mobilidade e autonomia na vivência de crianças urbanas: uma etnografia do parque público infantil

Ano: 2021 | Volume: 0 | Número: 30
Autores: M. M. Ferreira, P. M. U. Simões
Autor Correspondente: M. M. Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: criança, cidade, autonomia, mobilidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O estudo teve como foco as crianças em um parque público e fundamenta-se na perspectiva dos estudos sociais das infâncias, para pensar a criança como construtora de possibilidades de ver e viver na cidade e produzir sentidos para aquilo que foi instituído a partir de suas percepções e vivências. Foram realizadas sessões de observação não participante em um parque público da cidade de Recife, tendo como foco as formas de apropriação das crianças, considerando o uso dos equipamentos disponibilizados e as interações com seus pares e seus acompanhantes adultos. A análise aponta o exercício da autonomia da criança, ao escolher parceiros, brinquedos e brincadeiras, e a mobilidade pelos espaços e equipamentos disponíveis. Também se evidenciam as intervenções dos adultos nas formas de organização dos tempos e espaços das crianças. Como conclusão, o estudo reflete a condição de cidadania da criança e o seu direito à cidade.



Resumo Inglês:

The present study proposed to analyze the forms of appropriation of spaces in a public playground for children, considering the use of the equipment available in this space and the interactions with their peers and their adult companions. For that, we used the ethnographic method. To support this study, we used contributions from the new social studies of childhood. The results show that children perform actions of resistance to the rules of adults regarding the use of spaces and the interactions established; conflict situations between peers are a way to keep playing; in interactions, they give new meaning to the park’s spaces, times and equipment. Therefore, this work can contribute to confer more discussions on the urban experiences of children in contemporary cities, pointing out the importance of children’s performance and participation in public spaces in the city in a relationship of exchange of experiences between the different generational groups that attend it.