O artigo aborda a mobilidade urbana e os acidentes de trânsito envolvendo trabalhadores motofretistas, dialogando com a categoria “Questão Social” no bojo do capitalismo contemporâneo. Produzido a partir de uma pesquisa que teve como fonte os dados de acidentes motociclísticos do período de 2012 a 2017, do banco dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, traz uma reflexão sobre a precarização do trabalho dos motofretistas e as condições desiguais de mobilidade urbana na realidade brasileira. Conclui-se que as condições de trabalho e vida dos motofretistas se inserem no debate atual da ‘Questão Social”, decorrente do reordenamento do capital em seu processo de expansão e seu sistema exploratório dominante.
Urban mobility and traffic accidents involving motofretista workers are discussed, dialoguing with the category “Social Issue” in the midst of contemporary capitalism. The text is the result of a study with a qualitative approach that used data from motorcycle accidents from 2012 to 2017 as sources, available in the database of the Department of Informatics of the Unified Health System and the relevant literature. The accident data and the scientific literature consulted allowed to apprehend and critically reflect on the precarious work of motofretistas and the unequal conditions of urban mobility in the Brazilian reality. It is concluded that the working and living conditions of motofretistas, currently called “service proletariat” fits the current discussions of the “Social Issue”, resulting from the rearrangement of capital in its expansion process and its dominant exploratory system.