O presente artigo tem como objetivo o apontamento de analogias entre a história da imprensa alternativa no Brasil e a trajetória das teorias dos movimentos sociais a fim considerar a mobilização em torno dos jornais alternativos como um movimento social. Propõe-se um diálogo entre a obra Jornalistas e Revolucionários, de autoria de Bernardo Kucinski e o pensamento de alguns autores representativos das teorias dos movimentos. Jornalistas e Revolucionários trata de realizar um resgate histórico dos jornais alternativos e aborda questões relativas ao surgimento, expansão e declÃnio do ciclo alternativo. O objetivo desse artigo é analisar a imprensa alternativa sob a luz das teorias dos movimentos sociais ao indicar as confluências entre essa modalidade de imprensa e determinadas vertentes teóricas. No intercurso desse estudo exemplifico como a conjuntura de redemocratização no Brasil, bem como a progressiva profissionalização de figuras como o jornalista, o polÃtico e o intelectual contribuÃram para o recondicionamento desses profissionais em um contexto democrático. Em suma, abordo o histórico do desenvolvimento das teorias dos movimentos sociais em sinergia com a trajetória da imprensa alternativa e seus protagonistas a fim de realçar a sintonia existente entre uma história das ideias e uma história das ações.