O presente trabalho investiga os modos de funcionamento dos discursos de Educação Ambiental presentes em campanhas publicitárias e institucionais veiculadas pela mídia. Compreendemos a mídia não só como local proeminente de difusão dos discursos, mas como potente máquina que dota de significados determinados fatos e, assim, constrói certa economia de verdades acerca da crise ambiental. Nesse sentido, desencadeia processos de subjetivação que visam controlar a população mobilizando o medo quanto à continuidade da vida no planeta. A estratégia biopolítica funciona no sentido de normalizar determinadas práticas individuais. Para alcançá-las, as campanhas estimulam o medo e a culpa pela perda do planeta. Tais estratégias – e as possibilidades de ultrapassá-las – são analisadas tendo como aportes teóricos autores como Michel Foucault, Felix Guattari, Gilles Deleuze e Zygmunt Bauman.
This paper investigates the modes of operation of the Environmental Education discourses present in institutional and advertising campaigns transmitted by the media. We understand the media not only as a prominent place for the dissemination of discourses, but as a powerful machine that gives meanings to certain facts, in this way building a set of truths about the environmental crisis. It triggers subjectification processes aiming to control the population by mobilizing our fear of the continuity of life on the planet. The biopolitical strategy works towards normalizing certain individual practices. To reach them, the campaigns encourage fear and guilt for the loss of the planet. Such strategies - and the possibilities of overcoming them - are analyzed taking as theoretical support authors such as Michel Foucault, Felix Guattari, Gilles Deleuze and Zygmunt Bauman.