Dos segmentos de consumo, o da moda feminina é um dos mais intrigantes, pois há uma concepção de que as mulheres são bastante consumistas, principalmente, no que se refere a produtos de moda. Mas, existem aquelas que, por cometerem algum delito e serem afastadas do convívio com a sociedade, vivenciam situações distintas da grande maioria. Neste contexto, este estudo busca compreender a relação que as presidiárias de Rio do Sul estabelecem com o mundo da moda, frente à sua condição de exclusão social. Para tanto, foi aplicado um questionário com perguntas fechadas e realizadas entrevistas com duas detentas. A partir de análises quantitativa e qualitativa dos dados, pode-se observar que as presas, por sua situação de reclusão, apresentam dificuldades em obterem de artigos de moda, além de instituírem relacionamentos diferenciados com este cenário e utilizarem os produtos com objetivos diversos das mulheres com convívio social “normal”.