O presente artigo discute os limites da classificação de gênero nas obras de Nelson Rodrigues. A
despeito da classificação formulada por Sábato Magaldi, ele defende a possibilidade de interpretar
Boca de Ouro como peça psicológica. Com este objetivo, o artigo analisa as semelhanças
estruturais entre as cenas de flashback em Boca de Ouro e Vestido de noiva, comparando-as com
representações da memória em outras peças de Nelson Rodrigues.