Modernidade, racionalidade e crise ambiental

REMEA - Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental

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ISSN: 15171256
Editor Chefe: Vilmar Alves Pereira
Início Publicação: 01/07/2014
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

Modernidade, racionalidade e crise ambiental

Ano: 2014 | Volume: 31 | Número: 1
Autores: Vinícius Lima Lousada
Autor Correspondente: Vinícius Lima Lousada | [email protected]

Palavras-chave: Modernidade, racionalidade ambiental, crise ambiental, modernity, environmental rationality, environmental crisis

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo apresento uma crítica à modernidade como paradigma social que, ao instituir uma racionalidade antinatureza, fez-se base fundamental da crise ambiental, sem precedentes, que vivenciamos na atualidade, contribuindo, assim, na elaboração de uma história marcada por um sopro de destruição do ambiente pela via antropocêntrica da exploração dos recursos ecológicos e da produção social da pobreza. Procurei evidenciar que a insustentabilidade ambiental presente em nosso modo de pensar e produzir a vida consiste numa herança da modernidade que só pode ser superada se nos dispusermos, como civilização, à problematização da racionalidade elaborada nesse âmbito e constituirmos uma racionalidade ambiental, em sintonia com os processos ecológicos e o saber ambiental emergente do conhecimento da dinâmica da vida, por sua vez, instituinte de uma ética da responsabilidade. A reflexão aqui proposta, desse modo, procura articular à luz dos referenciais teóricos adotados, a crítica à modernidade, sua racionalidade e à patologia da hiperespecialização do saber, debatendo algumas consequências da modernidade como questão que demanda enfrentamento intelectual, epistêmico e ético.



Resumo Inglês:

In this article I present a critique of modernity as a social paradigm, that by instituting a antinature rationality, became fundamental basis of unprecedented environmental crisis that we experience nowadays, contributing, in this way, with the development of a history marked by a blast of destruction of the environment through the anthropocentric exploitation of ecological resources and the social production of poverty. I looked for evidence that show environmental unsustainability present in our way of thinking and produce life consists of a legacy of modernity that can only be overcome if we have, as a civilization, to the problematization of rationality elaborated in this context and the bona fide an environmental rationality on syntony with the ecological processes and environmental knowledge knowledge of the emerging dynamics of life in turn, an ethics of responsibility stablishing. The reflection proposed here thus seeks to articulate in the light of the theoretical references adopted, the critique of modernity, its rationality and high especialties pathology of knowledge, debating some consequences of modernity as a matter which demands confronting intellectual, ethical and epistemic.