Modificações paisagísticas e implicações térmicas no distrito administrativo de Belém, Pará

Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável

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ISSN: 1981-8203
Editor Chefe: Anderson Bruno Anacleto de Andrade
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Engenharia Agrícola, Área de Estudo: Medicina Veterinária, Área de Estudo: Recursos Florestais e Engenharia Florestal, Área de Estudo: Zootecnia, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Multidisciplinar

Modificações paisagísticas e implicações térmicas no distrito administrativo de Belém, Pará

Ano: 2018 | Volume: 13 | Número: 3
Autores: Tássia Toyoi Gomes Takashima-Oliveira, Paulo Eduardo Silva Bezerra, Altem Nascimento Pontes, Ana Cláudia Caldeira Tavares-Martins
Autor Correspondente: Tássia Toyoi Gomes Takashima-Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Ilha de Mosqueiro, uso e cobertura da terra, temperatura de superfície, urbanização, ilha de calor.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As modificações paisagísticas no uso e cobertura da terra podem implicar em alterações na dinâmica de ecossistemas e no clima local. Assim, objetivou-se verificar se o padrão de uso e cobertura da terra contribui para a existência e ou aumento de ilhas de calor no distrito de Mosqueiro, Pará. Foram levantados dados qualitativos por meio de entrevistas não formais com moradores para se conhecer as formas de uso e manejo das propriedades. Os dados quantitativos foram obtidos através de imagens temáticas da ilha correspondentes ao período menos chuvoso da região nos anos de 2010, 2013 e 2015. A classificação do uso e cobertura da terra na ilha de Mosqueiro seguiu o critério não supervisionado. Os dados de temperatura de superfície (TS) foram obtidos por meio dos valores de radiância espectral, da banda termal dos satélites Landsat 5 e 8. Para determinação de ilha de calor, considerou-se a resultante da diferença das temperaturas entre a classe de área urbana e a de floresta. No período de 2010 a 2015, constatou-se redução de área em 9,1% de floresta, pelo crescimento da infraestrutura urbana e pelo desmatamento na região, fato corroborado com a percepção dos moradores locais. Essas modificações resultaram em mudanças na TS, com aumento médio de 5.15 °C, mesmo que não se tenha constatado a ocorrência de ilha de calor no espaço urbano. Diante do exposto, verificou-se que as variações da TS estão inteiramente relacionadas às mudanças nas classes de uso e cobertura da terra na ilha e que tende a intensificar sem o planejamento ambiental adequado.