Investigamos possÃveis efeitos de modulação da camada superficial sobre a floresta Amazônica por movimentos que ocorrem em escalas de tempo mais longas do que as escalas de tempo turbulentas usuais (referidos aqui como “movimentos de baixa-frequênciaâ€). São apresentadas evidências empÃricas de sua ocorrência, possÃvel influência na estrutura da turbulência na camada superficial e seus efeitos induzindo desvios nas relações da teoria da similaridade de Monin-Obukhov. Para parametrizar estes efeitos, estimamos uma escala de velocidade de fricção “flutuante†(v*) proposta por McNaughton (2006), para representar o transporte adicional de momento pela variabilidade da camada externa (‘outer layer’) transferido para a camada superficial, e estudamos o quão frequente estes movimentos podem afetar significativamente a estrutura da camada superficial. Baseando-nos em análises da variabilidade por escala das variâncias e covariâncias e relações com v*, propomos que a relação entre v* e u* pode ser usada como um indicador da importância das modulações de baixa-frequência na região. Os resultados mostram que a razão v*/u* é maior que 2 para aproximadamente 50% dos dados em condições instáveis analisados, e é provável que, nestes casos, a camada superficial é diferente das descrições clássicas.