Conheci a Milena Mateuzi em 2022. Eu e outras colegas antropólogas, que também trabalham com a produção de podcasts, organizamos e oferecemos a oficina “Podcasts e Antropologia: formas de produção, possibilidades de uso no ensino, pesquisa, extensão e divulgação científica” na 33ª Reunião Brasileira de Antropologia (RBA), um evento bienal de nossa associação profissional. A oficina começava bem cedo, 8h da manhã, e poucas pessoas chegavam pontualmente, ainda mais porque era o mês de agosto e grande parte do país estava com temperaturas invernais. Milena estava sempre lá na hora, com um cachecol e uma caneca fumegante, com a câmera aberta, observando tudo, anotando mais ainda, fazendo perguntas no microfone e no chat. Era visível o seu interesse pelo podcast como mídia para comunicar a Antropologia. Esse primeiro momento já foi de encontro, troca e identidade.