Morel e a questão da degenerescência

Revista Latinoamericana De Psicopatologia Fundamental

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Início Publicação: 10/03/1998
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Psicologia

Morel e a questão da degenerescência

Ano: 2008 | Volume: 11 | Número: 3
Autores: Mário Eduardo Costa Pereira
Autor Correspondente: Mário Eduardo Costa Pereira | [email protected]

Palavras-chave: Morel, hereditariedade, degenerescência, psicopatologia

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Resumo Português:

O Traité des Dégénérescences, de Benedict-Augustin Morel, publicado em 1857, expõe uma teoria da hereditariedade dos transtornos mentais que teria grande influência no pensamento psiquiátrico até o início do século XX. Segundo sua proposição, fortemente impregnada de uma perspectiva religiosa católica, o homem teria sido criado, perfeito, por Deus. A degeneração, correlativa do pecado original, consistiria na transmissão à descendência das taras, vícios e traços mórbidos adquiridos pelos antecessores. À medida que esses estigmas fossem sendo transmitidos através das gerações, seus efeitos tenderiam a se acentuar, levando à completa desnaturação daquela linhagem, chegando até sua extinção pela esterilidade. Em decorrência dessa teoria, muitos projetos de intervenção social de cunho higienista foram desenvolvidos, de modo a impedir a propagação da degeneração da raça.