Mortalidade materna em Teresina, Piauí, Brasil: um estudo caso-controle

Journal of Health & Biological Sciences

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ISSN: 23173076
Editor Chefe: Manoel Odorico de Moraes Filho
Início Publicação: 31/12/2012
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Mortalidade materna em Teresina, Piauí, Brasil: um estudo caso-controle

Ano: 2021 | Volume: 9 | Número: 1
Autores: Natália Lemos da Silva Timóteo, Andréa Cronemberger Rufino, Alberto Madeiro
Autor Correspondente: Alberto Madeiro. Rua Olavo Bilac | [email protected]

Palavras-chave: mortalidade materna, estudos de casos e controles, sistemas de Informação, fatores de risco, saúde reprodutiva.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Analisar os óbitos maternos ocorridos entre 2012 e 2016 em Teresina, Piauí, Brasil. Métodos: Realizou-se estudo caso-controle, cujos casos corresponderam aos óbitos maternos cujos controles foram constituídos por mulheres que tiveram parto no mesmo período, mas não morreram. Foram empregadas análises uni e multivariada. Resultados: A razão de mortalidade materna global foi de 65,7/100.000 nascidos vivos. Ocorreu predomínio das causas obstétricas diretas (69,4%), sendo aborto (25%) e doenças hipertensivas (19,4%) as mais frequentes. Mulheres com idade ≥ 30 anos, sem ocupação e aquelas que não realizaram pré-natal ou até três consultas apresentaram maior chance de óbito materno. No modelo multivariado, apenas o baixo número de consultas pré-natais (ORaj=4,33; IC95% 3,01-7,34) se mostrou associado à morte materna. Conclusões: Houve destaque para causas evitáveis de morte, com chance de óbito maior entre mulheres com atenção pré-natal inadequada. É necessário ter melhor qualificação do planejamento familiar, pré-natal e assistência ao parto e puerpério no município.



Resumo Inglês:

Objective: To analyze the maternal deaths that occurred between 2012 and 2016 in Teresina, Piauí, Brazil. Methods: We conducted a case-control study, whose cases corresponded to maternal deaths whose controls consisted of women who gave birth in the same period but did not die. Univariate and multivariate analyzes were employed. Results: The overall maternal mortality ratio was 65.7/ 100,000 live births. There was a predominance of direct obstetric causes (69.4%), with abortion (25%) and hypertensive diseases (19.4%) being the most frequent. Women aged ≥ 30 years, without occupation, and those who did not receive prenatal care or up to three consultations had a higher chance of maternal death. In the multivariate model, only the low number of prenatal consultations (ORad=4.33; 95%IC 3.01-7.34) was associated with maternal death. Conclusions: Avoidable causes of death were highlighted, with a higher chance of death among women with inadequate prenatal care. It is necessary to have better qualification of family planning, prenatal and childbirth and postpartum care in the municipality.