Motociclistas acidentados: caracterização, perfil comportamental e sintomas de transtornos mentais

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ISSN: 23183691
Editor Chefe: Orfa Yineth Galvis-Alonso
Início Publicação: 31/12/2001
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Motociclistas acidentados: caracterização, perfil comportamental e sintomas de transtornos mentais

Ano: 2019 | Volume: 26 | Número: 2
Autores: Monique Favero Beceiro, Renan Hebert Matos, Guilherme Pasini Paez Martinez, Giovana Trettel Bochini, Camila Borge de Freitas, Andressa Talpo Zacheo Vilalva, Eduardo Santos Miyazaki, Paulo César Espada, Maria Cristina de Oliveira Santos Miyazaki, Danielle Rodrigues Bertolini
Autor Correspondente: Monique Favero Beceiro | [email protected]

Palavras-chave: Acidentes de Trânsito; Comportamento; Transtornos Mentais; Motocicletas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: Acidentes de trânsito (AT) são uma das principais causas de trauma no mundo. No Brasil, a taxa de mortalidade de motociclistas envolvidos em AT aumentou de forma significante entre 2004 e 2014: de 2,8 para 6,2 óbitos respectivamente por 100 mil habitantes. Objetivos: caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico de motociclistas vítimas de Acidentes de Trânsito atendidos no Hospital de Base de São José do Rio Preto (2016 a 2018); identificar o perfil comportamental desses pacientes e rastrear sintomas de transtornos mentais. Métodos: pacientes envolvidos em acidentes com motocicleta (motoristas), atendidos no Pronto Atendimento da Cirurgia do Hospital de Base de São José do Rio Preto, SP, Brasil, foram convidados a participar do estudo e responderam aos seguintes instrumentos: Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) e Inventário de Auto-Avaliação para Adultos (ASR). O Banco de Dados da Unidade de Trauma do Hospital de Base forneceu as infomações do prontuário para a construção do perfil sociodemográfico e clínico (referentes às lesões do trauma) do paciente. Resultados: Os participantes (n = 40) eram principalmente do sexo masculino, com média de idade de 33,83 anos (± 12,95) e baixa escolaridade; 13 relataram dirigir após ingestão de bebida alcoólica. A maioria apresentou lesões leves. Foram identificados (ASR e MINI) problemas externalizantes e internalizantes, violação de regras, queixas somáticas, abuso de álcool e de crack. Conclusão: Entre os motociclistas acidentados houve predominância de jovens do sexo masculino com baixa escolaridade, maior prevalência de lesões nas extremidades e no abdomem, uso de álcool associado à direção e presença de sintomas de transtornos mentais internalizantes e externalizantes.