Vivemos em uma sociedade altamente diversa e dinâmica, em que uma enorme gama de diferenças coexiste diariamente, os indivíduos que a integram possuem necessidades inseridas em realidades distintas e que precisam ser representadas em nosso contexto político adequado para que sejam devidamente atendidas. Todavia, como bem sabemos, não é sempre que os interesses e necessidades de determinados grupos são supridos devidamente pelo Estado ou pelos nossos representantes políticos e a partir desse conflito de interesses é que os movimentos sociais tornam-se uma ferramenta de intervenção e reivindicação das necessidades coletivas junto ao Estado. O presente artigo visa demonstrar as características dos movimentos sociais, bem como evidencia-las dentro do Movimento Contra a Carestia, ocorrido no Brasil nas décadas de 70 a 80, no período do militarismo, quando as classes menos abastadas se uniram contra o sistema militar de Ditadura que priorizava as classes burguesas, gerando uma economia falha e de alto custo de vida, então o movimento passa a buscar soluções para seus problemas sociais não supridos pelo Estado, sendo sua principal reivindicação a estabilização do preço dos alimentos.