Poeta e, sobretudo, autor de letras emblemáticas de nosso cancioneiro popular, José Carlos Capinan teve um papel importante, tanto para a chamada “canção de protesto” dos anos 1960 quanto para o seu contraponto, o Tropicalismo, assinando ainda canções contraculturais do início da década de 1970. A atuação de nosso artista nessas frentes – atuação que, contudo, é bem mais plural e não circunscrita àquela época – é assunto desta entrevista, realizada em janeiro de 2016, em Salvador. Conflitos, impasses individuais e geracionais, bem como transformações da sociedade brasileira em tempos de ditadura, são abordados sob a ótica de Capinan. Espera-se, com a disponibilização deste material, contribuir para pesquisas sobre a música popular brasileira de meados do século XX.
Poet and author of emblematic lyrics of our popular song, José Carlos Capinan was an important figure for the “protest song” of the 1960s and for it’s counterpoint, Tropicalismo, in addition to signing countercultural songs from the early 1970s. The role of our artist on those fronts – a role that, however, is much more plural and goes beyond that period – is the theme of this interview held in January 2016 in Salvador. Conflicts, individual and generational impasses, as well as transformations of Brazilian society in times of dictatorship, are approached from the perspective of Capinan. It is expected, with the publication of this material, to contribute with the research on Brazilian popular music in the mid-twentieth century.