O artigo trata dos movimentos sociais pelo transporte coletivo no Brasil, enfatizando suas trajetórias, agendas e estratégias de luta pelo acesso ao transporte, entendido como condição imprescindÃvel não apenas para a democratização do espaço urbano, mas também para o acesso aos direitos civis, polÃticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais. A revisão de literatura revela que na trajetória analisada os movimentos pelo transporte recorreram a diferentes estratégias: de manifestações espontâneas como os quebra-quebras e interdição de vias públicas à organização em coletivos abertos e descentralizados; de reivindicações contra o aumento no preço das passagens e protestos contra as péssimas condições de manutenção dos veÃculos à luta pela gratuidade e estatização do sistema, revelando assim o caráter radical e anticapitalista que adquiriram as lutas desencadeadas nos últimos anos.