MUDANÇA ORGANIZACIONAL E GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS, OU PORQUE É QUE SE MUDA PARA NÃO MUDAR NADA

Revista De Administração Faces Journal

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ISSN: 1984-6975
Editor Chefe: Henrique Cordeiro Martins
Início Publicação: 30/04/2000
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Administração

MUDANÇA ORGANIZACIONAL E GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS, OU PORQUE É QUE SE MUDA PARA NÃO MUDAR NADA

Ano: 2006 | Volume: 5 | Número: 3

Palavras-chave: mudança, gestão de recursos humanos, equilíbrio pontuado, inércia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo aborda a relevância e validade do modelo do equilíbrio pontuado (GERSICK, 1991) para a compreensão das mudanças ocorridas nas organizações, principalmente das mudanças ao nível da gestão dos recursos humanos. A aplicação deste modelo de mudança organizacional permite-nos levantar algumas hipóteses para explicar o facto de muitas organizações que implementam mudanças significativas nas práticas de gestão de recursos humanos não encontrarem resultados da mesma magnitude ao nível dos resultados esperados. Especificamente, a breve análise efectuada leva-nos a pensar (i) que muitas das alterações ocorridas nas práticas de gestão não constituem mudanças genuínas ao nível organizacional, (ii) que muitas dessas mudanças acabam inclusive por servir a tendência de inércia das organizações e (iii) que essa genuína mudança organizacional ocorre apenas quando existe uma mudança nas regras básicas que regem a organização, ou seja, quando existe uma transformação cultural e estrutural capaz de sustentar e reforçar as mudanças realizadas ao nível da gestão dos recursos humanos.



Resumo Inglês:

The present paper addresses the relevance and validity of the punctuated equilibrium model proposed by Gersick (1991) to understanding organizational change, and mainly changes associated to human resource management. The application of this organizational change model makes possible to raise some explanations about why so many organizations implementing changes on their human resources management practices do not find corresponding results. Specifically, the analysis points that: (i) many of those changes do not constitute genuine organizational changes, (ii) many of those changes may even promote inertia of organizations, and (iii) that genuine change results only from simultaneous change at a profound level, which impacts on the basic rules of the organization.