Dos grupos desprivilegiados, a mulher ocupa uma posição no mÃnimo curiosa. Ao contrário dos demais, como os negros e homossexuais, ela é exaltada socialmente pela maternidade, beleza, divindade e virtude. SÃmbolo da liberdade e da igualdade na Europa, na América e na Ãsia, ela está simultaneamente à margem de posições sociais de prestÃgio na vida polÃtica, no trabalho e na famÃlia, há mais de vinte séculos. Será que o poder feminino foi ou ainda é apenas simbólico? Mas, se as imagens e os sÃmbolos são fundamentais ao poder, por que, no caso feminino, há uma separação entre a vida real e a vida simbólica? Para responder a essas questões, será aqui feita uma análise comparativa entre dois sociólogos: o canadense Erving Goffman, na obra L’arrangement des sexes (sem tradução para o português), publicada em 1977, e o francês Pierre Bourdieu, com a obra A dominação masculina, de 1998, além do diálogo com estudos feministas e historiadores do gênero.
Disadvantaged groups of women occupy a position at least curious. Unlike the others, like blacks and homosexuals, she issocially exalted for her motherhood, beauty, goodness and virtue. Symbol of freedom and equality in Europe, America and Asia, while it is outside of social positions of prestige in political life, work and family for over twenty centuries. Does the female power has been or is still only symbolic? But if the images and symbols are fundamental to power, why there is a separation between real life and the symbolic, in the female case? To answer these questions, we will do a comparative analysis of two sociologists: the Canadian Erving Goffman, in L’arrangement des sexes, published in 1977, and the Frenchman Pierre Bourdieu’s work, The masculine domination, in 1998, in addition to dialogue with feminist studies and historians of the genre.