Tendo como pano de fundo a organização do trabalho sob a égide do capital, este estudo desenvolve uma abordagem sobre o mercado de trabalho e as desigualdades de inserção no trabalho entre homens e mulheres no Chile. Este textoé parte componente da experiência de estudo realizada no segundo semestre de 2017, na Universidad de Artes y Ciencias Sociales –UARCIS, do Chile. Trata-se de uma pesquisa documental e bibliográfica de caráter qualitativo, orientada sob o método dialético crítico. Os dados do estudo apontam para um mercado de trabalho desprotegido e informal, onde prevalecem as regras de flexibilização dos direitos do trabalho desde a reforma laboral de 1979. Destaca-se ainda que neste cenário de fragilização e flexibilização das condições trabalhistas, as mulheres trabalhadoras são as mais afetadas, já que as estatísticas demonstram que as mulheres têm os menores salários, maior índice de informalidade, além de ser o grupo com as menores aposentadorias. Alguns movimentos para a construção de igualdade de condições têm sido realizados, no entanto sem respostas significativas até o momento(2019). O cenário de avanço dos processos de flexibilização das condições trabalhistas, reforçada pela atual reforma trabalhista em vigência, aprovada em 2016, não favorece em nada para a alteração desta realidade.