As mulheres foram incluídas, pela primeira vez, na agenda da OMC em dezembro de 2017, por meio da Declaração de Buenos Aires sobre Comércio e Empoderamento Econômico das Mulheres. A partir desse contexto, a pergunta que norteia este trabalho é: qual a contribuição da recente iniciativa da OMC para Economia Feminista? O objetivo geral é analisar a potencial contribuição da iniciativa à luz desse debate, também considerado recente na academia. Por meio da abordagem qualitativa, fontes primárias (documentos oficiais) e secundárias (bibliografia especializada e relatórios), com finalidade analítico-descritiva, o texto é dividido em três partes. A primeira contextualiza a temática, a segunda apresenta as principais organizações internacionais que têm desenvolvido o tema, a fim de que na terceira, seja possível caracterizar o trabalho da OMC. Conclui-se que, apesar da inserção tardia e por meio de uma iniciativa sem vínculo jurídico para os Membros da organização, o espaço permitirá aumentar a visibilidade da contribuição e dos desafios das mulheres no comércio mundial. Por seu potencial para inspirar discussões das políticas comerciais por meio do recorte de gênero, sem questionar suas bases androcêntricas, sua contribuição alinha-se ao eixo Economia de Gênero.
For the first time in the history of the WTO, women were included in the agenda in December 2017, through the Buenos Aires Declaration on Trade and Women’s Economic Empowerment. From this context, the question that guides this paper is: what is the contribution of the recent WTO initiative for the Feminist Economy? The main objective is to analyze the potential contribution of the initiative in light of this debate, also considered recent in academia. Through the qualitative approach, primary (official documents) and secondary sources (specialized bibliography, reports), with analytical-descriptive purpose, the text is divided into three parts. The first contextualizes the topic, the second presents most proemint international organizations addressing the topic, while the third, characterizes the work of the WTO. It is concluded that, despite the late insertion and through a non-binding initiative, it will increase the visibility of women’s contribution and challenges to the world trade. Due to its potential to inspire trade policy discussion through gender lenses without, questioning androcentric basis, it contributes to the axis of Gender Economy.