Ethnoscientia

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Telefone: (93) 2122-0572
ISSN: 2448-1998
Editor Chefe: Gustavo Goulart Moreira Moura
Início Publicação: 04/03/2016
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Biologia geral, Área de Estudo: Botânica, Área de Estudo: Ecologia, Área de Estudo: Recursos Pesqueiros e Engenharia da Pesca, Área de Estudo: Recursos pesqueiros e engenharia de pesca, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

AS MULHERES SÃO MENOS CITADAS DO QUE OS HOMENS EM ARTIGOS CIENTÍFICOS? UMA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE CITAÇÃO RELACIONADO AO GÊNERO NAS PESQUISAS EM ETNOBIOLOGIA

Ano: 2021 | Volume: 6 | Número: Especial
Autores: Juliana Loureiro Almeida Campos, Andrêsa Suana Argemiro Alves, Flávia Rosa Santoro
Autor Correspondente: Juliana Loureiro Almeida Campos | [email protected]

Palavras-chave: cientometria, bibliometria, produção científica, publicações, visibilidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A visibilidade de um artigo científico pode ser medida através do número de citações atribuído a ele, o qual pode ser influenciado por fatores como nacionalidade, autocitação, colaboração internacional, além de fatores relacionados ao gênero. Avaliamos se o comportamento de citação de artigos publicados em dois periódicos internacionais especializados em etnobiologia envolve um viés de gênero e se esse viés varia em relação ao continente da instituição de pesquisa e em relação à subárea de conhecimento etnobiológico. De forma geral, não encontramos diferenças significativas na média de citações recebidas em artigos publicados por homens e mulheres, porém, tanto as últimas como os primeiros citam significativamente mais homens em suas publicações. Independente do continente, homens são significativamente mais citados que mulheres. Autores do gênero masculino citam colegas do mesmo gênero em todas as subáreas, enquanto autoras do gênero feminino das subáreas etnobotânica, etnoecologia e etnozoologia citam significativamente mais autores do gênero masculino. Nossos resultados podem estar associados a um menor número de publicações assinadas por mulheres nos continentes asiáticos e africanos, assim como em todas as subáreas da etnobiologia. Além disso, outras questões já discutidas em estudos anteriores também se relacionam com o padrão de citação observado, como o fato de homens ocuparem maiores cargos de liderança, obterem maior prestígio e possuírem maior acesso a programas de fomento à pesquisa. Os resultados obtidos neste trabalho devem ser vistos como um instrumento, ainda que incipiente, de discussão e fomento para o subsídio de programas e políticas capazes de estabelecer condições igualitárias de acesso, permanência e desenvolvimento de mulheres na ciência etnobiológica.