O artigo reflete a autenticidade do Museu da Pessoa (1991), o qual se compreende no paradoxo: espaço cultural pelo compartilhamento de experiências de vidas (Erfahrung) e sua constituição fetichizada pelos meios virtuais. Nessa tensão ontológica, adotamos um possível diálogo entre Walter Benjamin e o poeta Manoel de Barros, pelo método do desvio, para encontrar a legitimidade formativa do Museu da Pessoa. Pela perspectiva de Benjamin, identificamos na obra O colecionador bases para a redenção do fabricado de seus meios de produção, e no Livro Sobre nada de Manoel de Barros encontramos a libertação poética da funcionalidade originária das coisas para uma “aura” narracional das coisas feitas que possa chancelar o Museu da Pessoa. Por fim, a justificação da confluência epistemológica entre os autores assinala uma nova categoria de análise sobre o Museu da Pessoa: compreendê-lo como espaço de resistência da memória coletiva, que ainda persiste em nos dizer que somos humanos.
The article reflects the authenticity of the Museu da Pessoa (1991), which is understood in the paradox: cultural space through the sharing of life experiences (Erfahrung) and its fetishized constitution by virtual media. In this ontological tension, we adopt a possible dialogue between Walter Benjamin and the poet Manoel de Barros, through the deviation method, to find the formative legitimacy of the Museu da Pessoa. From Benjamin's perspective, we identify in the work O collector bases for the redemption of the manufactured from its means of production, and in the book Sobre nada by Manoel de Barros we find the poetic release of the original functionality of things so that the “aura” of the work of art seal the Museum of the Person. Finally, the justification for the aesthetic confluence between the authors points to a new category of analysis on the Museum of the Person: understanding it as a space of resistance for collective memory, which still persists in telling us that we are human.
El artículo refleja la autenticidad del Museu da Pessoa (1991), que se entiende en la paradoja: el espacio cultural a través del intercambio de experiencias de vida (Erfahrung) y su constitución fetichizada por los medios virtuales. En esta tensión ontológica, adoptamos un posible diálogo entre Walter Benjamin y el poeta Manoel de Barros, a través del método de la desviación, para encontrar la legitimidad formativa del Museu da Pessoa. Desde la perspectiva de Benjamín, identificamos en la obra O coleccionista bases para la redención de lo fabricado a partir de sus medios de producción, y en el libro Sobre nada de Manoel de Barros encontramos la liberación poética de la funcionalidad original de las cosas para que el “aura” de la obra de arte sella el Museo de la Persona. Finalmente, la justificación de la confluencia estética entre los autores marca una nueva categoría de análisis sobre el Museo de la Persona: entenderlo como un espacio de resistencia para la memoria colectiva, que aún persiste en decirnos que somos humanos.
L'article reflète l'authenticité du Museu da Pessoa (1991), qui est compris dans le paradoxe : l'espace culturel à travers le partage d'expériences de vie (Erfahrung) et sa constitution fétichisée par les médias virtuels. Dans cette tension ontologique, nous adoptons un dialogue possible entre Walter Benjamin et le poète Manoel de Barros, à travers la méthode de la déviation, pour retrouver la légitimité formative du Museu da Pessoa. Du point de vue de Benjamin, on identifie dans l'ouvrage O collector bases pour le rachat du fabriqué à partir de ses moyens de production, et dans le livre Sobre nada de Manoel de Barros on retrouve la libération poétique de la fonctionnalité originelle des choses afin que le "aura" de l'œuvre d'art sceau le Musée de la Personne. Enfin, la justification de la confluence esthétique entre les auteurs marque une nouvelle catégorie d'analyse sur le Musée de la Personne: l'appréhender comme un espace de résistance pour la mémoire collective, qui persiste encore à nous dire que nous sommes humains.