No batismo o cristão é incorporado ao múnus sacerdotal de Cristo e como profeta é convocado a denunciar as injustiças e lutar em defesa dos que sofrem e são oprimidos. O drama que vivem as mulheres, vítimas da violência por parte de seus companheiros, convoca à comunidade cristã a ação. Refletir sobre as razões que impelem uma mulher a manter-se aparentemente inerte num relacionamento baseado na violência, a fim de que se possa apontar alternativas que lhe ajudem a reagir a esse processo de opressão é o objetivo desse trabalho. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica envolvendo autores que trabalham essencialmente sobre perspectivas legais, psicológicas e teológicas. Embora as causas conhecidas para a permanência nesse tipo de relacionamento sejam várias, algumas ainda parecem fugir ao entendimento, inclusive das próprias vítimas. Devido ao estado de vulnerabilidade em que se encontram, essas mulheres precisam de alguém que se torne seu ponto de apoio encorajando-as na busca de soluções para o problema que estão vivendo. Eis o campo de atuação para os cristãos e todas as pessoas de boa vontade. Embora sabendo que existem muitas razões que dificultam a decisão de romper a relação de violência, há que se admitir que também existam várias maneiras para sobreviver a esse episódio. Enquanto se prepara para sentenciar entre permanecer ou não ligada ao seu agressor, a mulher, amparada por pessoas dispostas a ajudá-la, pode iniciar um processo de encorajamento o qual irá levá-la a encontrar um novo sentido para a sua vida.