O artigo analisa as contradições do processo de formação do policial militar no estado de São Paulo, considerando o atrelamento
das práticas modernizantes da instituição às concepções liberais, as quais articulam os fundamentos democrá-
ticos à condição de mera aparência e solidificam as práticas tradicionais de promoção do controle social e a reprodução
das desigualdades. Foram realizadas entrevistas com os comandantes das escolas PMESP, confirmando que a dinâmica
de sustentação das práticas e dos discursos de tendência liberal é operada por meio das articulações entre o não formal
e o informal em seu sistema de ensino.