Níveis hierárquicos da linguagem: a semiótica como pesquisa de método

Estudos Semióticos

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ISSN: 1980-4016
Editor Chefe: Ivã Carlos Lopes
Início Publicação: 30/11/2005
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística

Níveis hierárquicos da linguagem: a semiótica como pesquisa de método

Ano: 2020 | Volume: 16 | Número: 3
Autores: Zeno Queiroz
Autor Correspondente: Zeno Queiroz | [email protected]

Palavras-chave: semiótica, transposição, hierarquia, metodologia, epistemologia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo visa esclarecer como indução e dedução, operações cognitivas constituintes de abordagens científicas diversas, se fazem complementares na elaboração dos níveis hierárquicos da linguagem que fundamentam o fazer parafrásico da semiótica discursiva. Inicialmente, promove-se, por meio das propostas de Karl Popper, uma recensão filosófica que situa a tensão histórica entre os métodos indutivo e dedutivo no campo da pesquisa científica. Em seguida, mostra-se, mediante uma leitura pormenorizada de Semântica estrutural, como o nível metodológico da linguagem, para o qual está vocacionado o pensamento semiolinguístico, é, de fato e de direito, o principal lugar de negociação entre a adequação indutiva ao objeto e a coerência dedutiva da teoria. Por fim, avaliam-se sumariamente, a partir das lições deixadas por A. J. Greimas em sua obra inaugural, três tendências atuais no âmbito dos estudos semióticos.



Resumo Inglês:

This  paper  aims  to  clarify  how  induction  and  deduction,  cognitive operations that constitute various scientific approaches, are complementary in the   elaboration   of   the   hierarchical   levels   of   language   that   underlie   the paraphrastic practice of semiotics. It is initially promoted, through Karl Popper’s ideas,  a  philosophical  review  in  order  to  place  the  historical  tension  between inductive  and  deductive  methods  in  the  field  of  scientific  research.  Then  it  is presented,  through  a   detailed  reading   of  Structural  Semantics,   how   the methodological  level  of  language,  to  which  the  semiolinguistic  perspective  is devoted,  is,  indeed,  the  spot  where  the  negotiation  between  the  inductive adequacy  to  the  object  and  the  deductive  coherence  of  the  theory  happens. Finally,  it  is  evaluated,  from  the  lessons  left  by  A.  J.  Greimas  in  his  first  book, three current trends in the scope of semiotic studies.