As cordas tendíneas são estruturas originadas da parede cardíaca a partir dos músculos papilares, os quais garantem que aquelas se insiram nas cúspides septal, parietal e acessórias, de modo a permitir o funcionamento adequado da valva atrioventricular esquerda. O exterior das cordas tendíneas é revestido por células endoteliais e uma camada de elastina com pouco colágeno. Seu interior contém colágeno denso, representando 60% do peso seco e proporcionando grande resistência à tração. As cordas que se fixam nas comissuras das cúspides são denominadas cordas tendíneas comissurais. Em nosso estudo, sugere-se uma nova classificação de acordo com as suas ramificações, que seguem: 1) Cordas tendíneas comissurais penadas; 2) Cordas tendíneas comissurais palmadas. Objetivou-se neste estudo classificar as cordas tendíneas comissurais da valva atrioventricular esquerda em penada e palmada, verificar sua frequência e possível significância estatística entre os achados. Foram utilizados 40 corações hígidos de bois Sem Raça Definida (SRD) de frigoríficos legalizados do município de Porto Velho, Rondônia. Esses foram fixados em formaldeído a 10%, de acordo com a técnica de Rodrigues (2010) e dissecados segundo Queiroz et al. (2009). Os dados foram compilados e analisados no programa Excel®, sendo utilizados Odds Ratio (OR), teste de Qui-quadrado e teste exato de Fisher para análise estatística, considerado significativo se p<0,05. Os resultados demonstraram um total de 228 cordas tendíneas comissurais (CTC). Destas, no músculo papilar subatrial, foram contabilizadas 88 CTC penadas (76%) e 28 CTC palmadas (24%), já no músculo papilar subauricular, foram 74 CTC penadas (66%) e 38 CTC palmadas (34%). Assim, foram registradas no total 162 CTC penadas (71,05%) e 66 CTC palmadas (28,95%). Apesar da diferença observada entre a frequência de cordas encontradas para cada músculo papilar, os resultados não apontaram uma associação significativa entre o tipo de corda tendínea e a localização do músculo papilar (p>0,05).
The chordae tendineae are structures originating from the cardiac wall from the papillary muscles, which ensure that they are inserted in the septal, parietal and accessory cusps, to allow the proper functioning of the left atrioventricular valve. The exterior of the chordae tendineae is lined with endothelial cells and a layer of elastin with little collagen. Its interior contains dense collagen, representing 60% of the dry weight and providing great tensile strength. The chordae that attach to the cusp commissures are called commissural chordae tendineae. In our study, a new classification is suggested according to its ramifications, which are as follows: 1) Pennate commissural chordae tendineae; 2) Palmate commissural chordae tendineae. The objective of this study was to classify the commissural chordae tendineae of the left atrioventricular valve into pennate and palmate types, to verify their frequency and assess any possible statistical significance among the findings. Healthy hearts from mixed-breed cattle (NRD) (n=40) obtained through legalized slaughterhouses in the city of Porto Velho, Rondônia, were used. These were fixed in 10% formaldehyde, according to the technique of Rodrigues (2010) and dissected according to Queiroz et al. (2009). The data were compiled and analyzed in Excel®, using Odds Ratio (OR), Chi-square test and Fisher's exact test for statistical analysis, considered significant if p<0.05. The results showed a total of 228 commissural chordae tendineae (CTC). Of these, in the subatrial papillary muscle, 88 CTCs were pennate (76%), and 28 CTCs were palmate (24%), while in the subauricular papillary muscle, 74 CTCs were pennate (66%), and 38 CTCs were palmate (34%). Thus, a total of 162 CTC pennate (71.05%) and 66 CTC palmate (28.95%) were recorded. Despite the difference observed between the frequency of chordae found for each papillary muscle, the results did not indicate a significant association between the type of chordae tendineae and the location of the papillary muscle (p>0.05).
Las cuerdas tendinosas son estructuras que se originan en la pared cardíaca a partir de los músculos papilares, que se encargan de insertarlos en las cúspides septales, parietales y accesorias, con el fin de permitir el correcto funcionamiento de la válvula auriculoventricular izquierda. El exterior de las cuerdas tendinosas está revestido de células endoteliales y una capa de elastina con poco colágeno. Su interior contiene colágeno denso, representando el 60% del peso seco y proporcionando una gran resistencia a la tracción. Los cordones que se unen a las comisuras de las cúspides se denominan cordones tendinosos comisurales. En nuestro estudio se propuso una nueva clasificación según sus ramas, las cuales son las siguientes: 1) Cordones tendinosos comisurales pennados; 2) Cuerdas tendinosas comisurales palmadas. El objetivo de este estudio fue clasificar las cuerdas tendinosas comisurales de la válvula auriculoventricular izquierda en pennadas y palmadas, para verificar su frecuencia y una posible significancia estadística entre los hallazgos. Se utilizaron corazones sanos de bovinos mestizos (NRB) (n=40) procedentes de mataderos legales del municipio de Porto Velho, Rondônia. Estos fueron fijados en formol al 10%, según la técnica de Rodrigues (2010) y disecados según Queiroz et al. (2009). Los datos fueron compilados y analizados en Excel®, utilizando Odds Ratio (OR), prueba de Chi-cuadrado y prueba exacta de Fisher para el análisis estadístico, considerándose significativo si p<0,05. Los resultados demostraron un total de 228 cordones tendinosos comisurales (CTC). De estos, en el músculo papilar subauricular, se contaron 88 CTC pennadas (76%) y 28 CTC palmadas (24%), mientras que en el músculo papilar subauricular, se obtuvieron 74 CTC pennadas (66%) y 38 CTC palmadas (34%). Por lo tanto, se registraron un total de 162 CTC que fueron castigados (71,05%) y 66 CTC que fueron azotados (28,95%). Apesar de la diferencia observada entre la frecuencia de cuerdas encontradas para cada músculo papilar, los resultados no indicaron una asociación significativa entre el tipo de cuerdas tendinosas y la ubicación del músculo papilar (p>0,05).
