NARRATIVAS DA RESISTÊNCIA: história oral de vida de famílias desapropriadas pela usina hidrelétrica de Itaipu

Histórica

Endereço:
Rua Voluntários da Pátria, 596
São Paulo / SP
0
Site: http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br
Telefone: (11) 2221-4785
ISSN: 1808-6284
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 31/03/2005
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: História

NARRATIVAS DA RESISTÊNCIA: história oral de vida de famílias desapropriadas pela usina hidrelétrica de Itaipu

Ano: 2011 | Volume: 7 | Número: 49
Autores: Catiane Matiello, Gilson Leandro Queluz
Autor Correspondente: Catiane Matiello | [email protected]

Palavras-chave: História oral de vida, Usina hidrelétrica de Itaipu, Resistência.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Na década de 1970 e início da década de 1980, a implantação da usina
hidrelétrica de Itaipu desapropriou 40 mil pessoas no Oeste do Paraná. O processo
desapropriatório incorporou o autoritarismo do governo que o conduziu, sendo marcado pela
desconsideração dos interesses e valores da população que seria desalojada. Diante dessa
situação, os agricultores se organizaram no Movimento Justiça e Terra (MJT), que atuou
defendendo as necessidades dos agricultores e serviu de embrião para movimentos sociais
posteriores, como o MST e o MAB. Por meio da história oral de vida de sujeitos que
participaram desse momento, observaremos as práticas e as representações criadas com
base em seus costumes, valores e tradições, que constituíram uma cultura de resistência
frente ao processo de modernização conservadora que o projeto da usina representou.



Resumo Inglês:

In the 1970s and early 1980s, the implementation of the Itaipu hydroelectric plant,
expropriated 40.000 people in western Paraná. The expropriation process incorporated the
authoritarian posture of the government that led it, marked by the disregard of the interests
and values of people who would be displaced. Given this situation, farmers organized
themselves in the Earth and Justice Movement (MJT), who acted in the defense of the needs
of the farmers and formed the embryo to later social movements like the MST and the MAB.
Through oral history of life of individuals who participated in this moment, we tried to observe
the practices and representations which were created, based on their customs, values and
traditions that constituted a culture of resistance against the process of conservative
modernization that the project of the plant represented.