Este trabalho focaliza narrativas de crianças de 04 a 10 anos de idade e investiga como elas dão sentido à s experiências vividas na escola. A reflexão resulta de um projeto de pesquisa interinstitucional, realizado em escolas de Natal, São Paulo, Recife, Niterói e Boa Vista. Para a recolha das fontes, optou-se por rodas de conversas com grupos de cinco crianças que dialogavam com um pequeno alienÃgena, em cujo planeta não tinha escolas. Das análises emergem consensos e tensões entre modos de ser criança e modos de ser aluno, que afetam suas relações com o brincar e o aprender; o fazer ou não fazer amigos; ser ou não ser criança. Ao narrar, elas ressignificam suas experiências e contribuem para a compreensão das escolas da infância como lugar em que a criança se constitui (ou não) como sujeito de direito.
This study deals with 4-10 year-old children stories and analyses how they portrait their experiences at school. It is the outcome of an inter-institutional research project performed at schools in Natal, São Paulo, Recife, Niterói and Boa Vista. To collect data, we opted for conversations of children in groups of five, who would share a conversation with a little alien whose planet lacked schools. The analyses revealed consensus and tensions between scholar cultu - re and childhood cultures, which affect the way children play and learn, make friends or not, remain children or not. When narrating, the child redefines his/her experience and contributes to seize the primary school as a place where he/she becomes (or not) a citizen.