O artigoanalisa narrativas sobre a história de formação de estudantes indígenas e quilombolas de uma universidade. A análise foi orientada pela fenomenologia hermenêutica em diálogo com autores críticos ao modelo moderno-colonial de produção do conhecimento. Dois aspectos são discutidos:a) modelos de formação que negligenciam as diferenças culturais e sociais dos/as estudantes; b) preconceitos sofridos por eles/as em virtude dessas diferenças. As históriasremetem a situações vividas no processo de formaçãoque dizem respeito aum grupo, uma etnia; revelam, ainda,queos contextos dos quais os/as estudantes são oriundos têm sido alvo de descaso e desvalorizaçãonas instituições de ensino.
This article analyzes narratives ofindigenous andquilombolastudents from auniversity on the history of their training, fromprimary to higher education. The analysis was guided by hermeneutic phenomenology in dialogue with authors critical of the modern-colonial model of knowledge production. Two aspects are discussed: a) educational models that neglect students cultural and social differences; b) prejudice based on these differences. The stories refer to situations thesestudentsexperienced along their educational process concerning a group/an ethnicity; they also reveal that the contexts which these students come from have been disregarded and devalued in educational institutions.