A preservação do patrimônio cultural imaterial de um território tradicional quilombola depende de seu processo formativo e de sua organização enquanto núcleo cultural. Com base nessa afirmação, este artigo tem como objetivo reconhecer, pelas histórias orais dos entrevistados, as atitudes desses em relação aos impactos sociais, culturais, ambientais, tecnológicos causados em seus territórios e a reação pela preservação de sua identidade cultural. O estudo utilizou dos fundamentos de Santos (2007) sobre Ecologia dos saberes; Bomfim (2021) sobre o objeto da Ecologia Humana no Brasil; Hall (2013) e Chartier (2021) sobre representação; Bortolotto (2011) sobre Patrimônio cultural imaterial, entre outros. A pesquisa de campo foi desenvolvida a partir de histórias orais das lideranças dos territórios quilombolas do sertão do Pajeú. Como conclusão, fica evidente que a organização do núcleo cultural é a forma de promover a preservação do patrimônio imaterial desses territórios por meio da educação não formal como garantia da preservação da ecologia de saberes dos núcleos culturais que lutam pela sobrevivência e preservação de sua identidade cultural.