O presente artigo objetiva analisar as percepções sobre cidade e patrimônio na obra do escritor piauiense, O. G. Rêgo de Carvalho, sobretudo tomando os limiares entre o rural e o urbano, bem como acerca dos espaços atuando nas práticas cotidianas e sendo constituÃdos pelas memórias. Metodologicamente, o artigo se constitui pela leitura analÃtico-interpretativa dos livros do escritor, que abordam o cotidiano dos sujeitos e suas relações com as paisagens e o patrimônio das cidades, especialmente de Oeiras e Teresina. As filiações teórico-metodológicas acerca da cidade e patrimônio foram embasadas em autores como Wenders (1994), Choay (2001), Williams (1989), Santos (1999, 2008), Thomaz (1998) e Rolnik (1995, 1997). A narrativa literária se mostra como mais um discurso que (re) cria a realidade e que possibilita a visualização de outras sensibilidades e sociabilidades que se desenrolam na configuração do patrimônio em suas diferentes esferas.