AS crises financeiras parecem ter ocorrido com mais frequência a partir do ano de 1980, do que em anos anteriores. Estes eventos foram, possivelmente, encorajados pela desregulação financeira. A introdução de novos instrumentos financeiros (os derivativos), que oferecem uma alta alavancagem e baixos custos de transação e melhores alternativas de crédito, aumentaram o potencial especulativo. Este artigo examina as caracterÃsticas das crises financeiras e propõe uma taxonomia para a sua classificação. A seguir, algumas das crises atuais são examinadas de acordo com este modelo. Reconhece-se que, de fato, nas situações da vida real acorrem algumas idiossincrasias que não se enquadram na tipologia proposta. A crise macroeconômica especulativa revela ser uma categoria de importância especial, uma vez que a maioria das crises financeiras do passado foram deste tipo. Faz-se um esboço da evolução da Crise de 1987 e demonstra-se como a teoria da catástrofe e a teoria das bolhas especulativas podem ser utilizadas para explicar esses eventos.