O artigo aborda em linhas sintéticas os fatos ocorridos no inÃcio do século passado, na Fazenda Caldeirão da Santa Cruz, localizado no MunicÃpio de Crato, Estado do Ceará, quando da invasão e destruição desta comunidade pelas forças governamentais sem maiores fundamentações a não ser desestabilizar o nascedouro de uma cultura comunitária e de partilha que poderia embasar transformações sociais profundas ou fundamentar um novo modelo econômico. Pretende-se com esta análise, impulsionar no mar das discussões acerca dos direitos fundamentais (sua efetividade e negação), o revolver de acontecimentos tão trágicos quanto próximos dos sujeitos pesquisadores e leitores, com o propósito de construir a consciência partÃcipe por laços de reconhecimento na história de seu próprio povo. Além da investigação bibliográfica acerca do tema, houve oportunidade, durante a elaboração do texto, de conhecer in loco o espaço denominado Caldeirão, numa tentativa empÃrica de compreender melhor a história que se descortina através dos relatos encontrados.