Durante a Guerra Fria, os laços estabelecidos entre as forças armadas dos Estados Unidos e os militares de sues aliados em diferentes regiões do mundo foi elemento importante tanto da estratégia anticomunista de Washington quanto da projeção deste paÃs em áreas até então influenciadas pelas potências europeias. O artigo argumenta que o Brasil foi um caso ilustrativo deste processo, no qual apesar da profunda dependência e alinhamento, essas relações militares não foram lineares nem desprovidas de conflitos. O caráter instrumental conferido pelo Brasil a essas relações e a coincidência apenas parcial de objetivos entre os dois paÃses fez com que, em determinadas ocasiões, os militares brasileiros procurassem renegociar a dependência. O impacto polÃtico dessa interação proporcionou a criação de espaços de formulação ideológica e de articulação polÃtica, polarizou a oficialidade em torno de temas como exploração de petróleo e participação na Guerra da Coreia e reforçou disposições para o protagonismo na polÃtica interna.
During the Cold War, the links established between the United States
armed forces and allied military forces in different regions of the world were an
important element of both the anticommunist strategy of Washington and the
projection of this country in areas hitherto influenced by European powers. The
article argues that Brazil was a case in this process, in which despite the deep dependence
and alignment, these military relations were neither linear nor devoid
of conflicts. The instrumental character conferred by Brazil to these relations
and the partial coincidence of objectives between the two countries has meant
that, on certain occasions, the Brazilian military sought to renegotiate dependence.
The political impact of this interaction led to the creation of clusters of
ideological formulation and policy activism within officers and polarized them
around issues like oil exploration and participation in the Korean War, which
strengthened provisions for role in domestic politics.
Durante la Guerra FrÃa, los vÃnculos que se establecen entre las fuerzas
armadas de los Estados Unidos y de sus aliados en diferentes regiones del
mundo, fue un elemento importante tanto de la estrategia anticomunista de
Washington como de la proyección de este paÃs en zonas antes bajo la influencia
de las potencias europeas. El artÃculo argumenta que Brasil era un caso en
este proceso, en el que a pesar de la profunda dependencia y la alineamiento,
estas relaciones militares no eran ni lineales ni carentes de conflictos. El carácter
instrumental conferido por Brasil a estas relaciones y la coincidencia parcial de
objetivos entre los dos paÃses ha hecho que, en ciertas ocasiones, los militares
brasileños trataran de renegociar la dependencia. El impacto polÃtico de esta interacción
condujo a la creación de espacios de formulación y articulación polÃtica
e ideológica, los oficiales polarizaron en torno a temas como la exploración de
petróleo y la participación en la Guerra de Corea y fortalecieron las disposiciones
para la intervención en la polÃtica interna.