Neuroaccounting: um estudo experimental sobre tomada de decisão em ambientes contábeis

Advances in Scientific and Applied Accounting

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ISSN: 19838611
Editor Chefe: José Alonso Borba
Início Publicação: 30/11/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Contábeis

Neuroaccounting: um estudo experimental sobre tomada de decisão em ambientes contábeis

Ano: 2012 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Ana Maria Roux Valentini Coelho Cesar, Paulo Sergio Boggio, Felipe Fregni, Camila Campanhã
Autor Correspondente: A. M. R. V. C. Cesar, P. S. Boggio, F. Fregni, C. Campanhã | [email protected]

Palavras-chave: decisão, neuroaccounting, aprendizagem, memória.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo apresenta estudo experimental sobre tomada de decisão tendo como objetivo geral: Identificar mecanismos de aprendizagem implícita e sua relação com congruência da informação e influência social em decisões sobre metas de investimento. Procedimentos metodológicos: Estudo experimental junto a 22 sujeitos (alunos de graduação da área de negócios) tendo como tarefa um jogo de decisão especialmente desenvolvido para o estudo, durante o qual os sujeitos estavam conectados a um EEG (Eletroencefalograma) que captava as ondas elétricas do cérebro no momento da decisão. A decisão envolvia escolher o nível de investimento para 200 filiais de uma mesma empresa baseando-se em informações contábeis apresentadas em formato de gráficos. Havia três condições experimentais: congruência das informações fornecidas, influência de propositores que davam dicas sobre o nível de investimento e correção/incorreção dessas dicas tendo em vista as informações contábeis. Principais resultados: Nas 4200 decisões analisadas, todos os 21 sujeitos identificaram que havia uma regra para ganho/perda de pontos associada à decisão tomada, embora não acertassem qual era a regra; não levavam em consideração a incongruência semântica das informações; decidiam conforme a regra aprendiada, mesmo quando esta os levava a uma decisão tecnicamente errônea, contra a empresa. A análise do EEG mostrou que a incongruência era captada (amplitude do componente N400, associado a violações de informações semânticas). Os resultados (comportamental e do EEG) comprovam em tempo real a presença do conflito de interesses (auto-benefício) e a violação sistemática da análise da informação para decisão.