Nietzsche e a decadência: a anarquia dos instintos na cultura e em Wagner

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ISSN: 2763-986X
Editor Chefe: Dr. Renato Moreira de Abrantes
Início Publicação: 08/07/2021
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Nietzsche e a decadência: a anarquia dos instintos na cultura e em Wagner

Ano: 2022 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: P. L. B. V. Ramos
Autor Correspondente: P.L.B.V. Ramos | [email protected]

Palavras-chave: Décadence, Wagner, Modernidade, Vida, Arte

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho tem como objetivo apresentar, na perspectiva nietzschiana, alguns aspectos da teoria da décadence, limitando-se ao seu embate com a arte do século XIX. Para realizar tal empreitada, nos detemos na terceira fase do filósofo e nos escritos do último ano de produção de Nietzsche. Com efeito, no período o autor faz uma investigação minuciosa de Richard Wagner, em O caso Wagner, de 1888. Diante disso, no primeiro momento, a fim de introduzirmo-nos no procedimento genealógico-fisiológico por meio do qual o filósofo investiga a arte da décadence, destacamos alguns aspectos específicos do contexto histórico do conceito de ‘décadence’ no movimento literário francês da segunda metade do século XIX. Em seguida, a análise e os efeitos fisiopsicológicos causados pela música de Wagner, ilustrados por Nietzsche, forneceram a matéria prima para comparar a ‘melodia infinita’ de Wagner com a ‘música mediterrânea’ de Bizet, assim como, os sintomas e efeitos que repercutem na vida do indivíduo.



Resumo Inglês:

The present work aims to present, from a Nietzschean perspective, some aspects of the theory of decadence, limiting itself to its clash with nineteenth-century art. To carry out such an undertaking, we focus on the philosopher's third phase and on the writings of Nietzsche's last year of production. In fact, during the period, the author makes a detailed investigation of Richard Wagner, in The Wagner Case, from 1888. In view of this, at first, in order to introduce ourselves to the genealogical-physiological procedure through which the philosopher investigates art from the decadence, we highlight some specific aspects of the historical context of the concept of 'décadence' in the French literary movement of the second half of the nineteenth century. Then, the analysis and physiopsychological effects caused by Wagner's music, illustrated by Nietzsche, provided the raw material to compare Wagner's 'infinite melody' with Bizet's 'Mediterranean music', as well as the symptoms and effects that reverberate in the individual's life.