Este texto divide-se em duas partes principais. Na primeira, mostra-se como Wagner concebe inicialmente a arte trágica grega em sua acepção puramente estética – a arte como afirmação do caráter trágico da vida– e como, em seguida, ele mesmo rompe com esta concepção e assume uma acepção idealista-pessimista schopenhauriana da arte. Na segunda parte, pretende-se mostrar qual concepção de trágico o jovem Nietzsche recebe e aceita de Wagner e como isso determina o posterior rompimento radical de ambos e a nova filosofia nietzschiana.
This article is divided in two main parts. In the first, we show how Wagner initially conceives Greek tragic art in its purely esthetical sense – art as the affirmation of the tragic character of life – and how, later on, he moves away from this conception and takes on a schopenhauerian, idealist-pessimist acceptance of art. In the second part, we intend to show which conception of tragic the young Nietzsche receives and accepts from Wagner and how this determines their later radical rupture and the new nietzschean philosophy.