Nietzsche educador: o processo artístico de tornar-se o que se é…

Vértices (Campos dos Goitacazes)

Endereço:
Rua Coronel Walter Kramer - 357 - Parque Santo Antônio
Campos dos Goytacazes / RJ
28080-565
Site: http://www.essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/vertices/about
Telefone: (22) 2737-5648
ISSN: 1809-2667
Editor Chefe: Inez Barcellos de Andrade
Início Publicação: 01/10/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar

Nietzsche educador: o processo artístico de tornar-se o que se é…

Ano: 2018 | Volume: 20 | Número: 2
Autores: Vilmar Martins
Autor Correspondente: Vilmar Martins | [email protected]

Palavras-chave: Arte, Educação, Vida, Valores, Nietzsche

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto visa pensar a educação enquanto processo artístico de formação do humano e da existência humana. Na esteira das críticas que apontam o processo formativo como homogeneização e redução do tipo humano a uma única formação, este ensaio vislumbra a possibilidade de uma educação para a singularidade. Pensando com Nietzsche, metodologicamente se situa para além de um elencar premissas e defender argumentos, intentando explicitar, narrar e propor pensamentos radicais sobre educação e vida. Assim, arregimenta a arte enquanto um elemento que permite pensar a educação para além das necessidades imediatas, a arte enquanto instrumento que autoriza pensar uma educação para a vida, não para um ofício nem para um acúmulo de conhecimento. Uma formação para tornar-se o que se é, sem um juízo prévio do que deveríamos ser, mas sim uma abertura para as múltiplas perspectivas de configuração do humano. Provocado pelo tema, projeta algumas características de uma educação, de um educador e de um educando imbuídos em um processo artístico, no qual a vida é a obra de arte. Pressupõe que a vida é devir e que nossas teorias pedagógicas não dão conta deste mover existencial, então provoca pensar uma educação como processo artístico, sem finalidades últimas, mas um constante tornar-se o que se é.



Resumo Inglês:

This text aims to think of education as an artistic process of human formation and human existence. In the wake of the criticisms that point to the formative process as homogenization and reduction of the human type to a single formation, this essay indicates the possibility of an education for singularity. Thinking along with Nietzsche, it lies methodologically beyond a set of premises and defend arguments, trying to explain, narrate and propose radical thoughts about education and life. Thus, it brings art as an element that enables education to be thought beyond immediate needs, art as an instrument that allows one to think of an education for life, not for an occupation or for an accumulation of knowledge. A formation to become what one is, without prior judgment of what we should be, but an opening to the multiple perspectives of human configuration. Triggered by the theme, it projects some characteristics of an education, of an educator and of an educated person imbued in an artistic process, where life is the work of art. It presupposes that life is becoming and that our pedagogical theories do not account for this existential move, so it causes us to think of an education as an artistic process, with no ultimate purpose, but a constant becoming what we are.



Resumo Espanhol:

Este texto pretende pensar la educación como proceso artístico de formación de lo humano y de la existencia humana. En la estera de las críticas que apuntan el proceso formativo como homogeneización y reducción del tipo humano a una única formación, este ensayo vislumbra la posibilidad de una educación para la singularidad. Pensando con Nietzsche, metodológicamente se sitúa más allá de un plantear premisas y defender argumentos, intentando explicitar, narrar y proponer pensamientos radicales sobre educación y vida. Así, acercase al arte como un elemento que permite pensar la educación más allá de las necesidades inmediatas, el arte como instrumento que autoriza pensar una educación para la vida, no para un oficio ni para una acumulación de conocimiento. Una formación para convertirse en lo que se es, sin un juicio previo de lo que deberíamos ser, sino una apertura hacia las múltiples perspectivas de configuración de lo humano. En el caso de que se trate de una obra de arte, el educador y un educando imbuidos en un proceso artístico, en el que la vida es la obra de arte. Supone que la vida es devenir y que nuestras teorías pedagógicas no dan cuenta de este movimiento existencial, entonces provoca pensar una educación como proceso artístico, sin finalidades últimas, pero un constante convertirse en lo que se es.