O presente trabalho tem por pretensão tecer algumas considerações acerca do valor e do papel da história no interior do pensamento nietzschiano, especificamente nas obras Humano, demasiado humano, de 1878, e na Genealogia da Moral, de 1887. Desempenhando um papel fundamental na luta contra as ilusões postuladas pela filosofia metafísica, a história passa a ser reivindicada por Nietzsche como uma aliada fundamental na atividade filosófica. Entretanto, a proposta que o filósofo traz à tona na obra de 1878, de uma filosofia histórica, posteriormente, no escrito publicado em 1887, cede lugar ao que ele denomina como genealogia.