NIETZSCHE, A MEMÓRIA E A HISTÓRIA; REFLEXÕES SOBRE A SEGUNDA CONSIDERAÇÃO EXTEMPORÂNEA

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ISSN: 19822928
Editor Chefe: Araceli Velloso
Início Publicação: 30/06/1996
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

NIETZSCHE, A MEMÓRIA E A HISTÓRIA; REFLEXÕES SOBRE A SEGUNDA CONSIDERAÇÃO EXTEMPORÂNEA

Ano: 2012 | Volume: 17 | Número: 2
Autores: Anna Hartmann Cavalcanti
Autor Correspondente: Anna Hartmann Cavalcanti | [email protected]

Palavras-chave: memória; história; histórico; supra-histórico

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Resumo Português:

Desde 1869 e ao longo de todo o período em que escreve o ensaio “Da utilidade e desvantagem da história para a vida”, publicado em 1874, Nietzsche é professor de filologia clássica na Universidade da Basiléia. Nesse período, reflete criticamente sobre as questões teóricas e metodológicas de sua disciplina, enfatizando que se o estudo da Antiguidade deve se ater à análise e crítica das fontes, ele perde, com isso, o contato com seu próprio tempo, tornando-se um saber desvinculado das questões fundamentais de sua época. Nietzsche propõe estabelecer com o passado uma relação diferente daquela do cientista moderno: enquanto este vê a história do ponto de vista do puro conhecimento, o professor da Universidade da Basiléia procura no passado um modelo capaz de suscitar reflexão no presente, estabelecendo um confronto entre culturas distintas, com diferentes estruturas de valores, a fim de criar um distanciamento em relação às formas de pensamento cristalizadas na modernidade. Neste artigo pretendo mostrar como Nietzsche, a partir das noções de a-histórico e supra-histórico, procura investigar a questão do valor da história, contrapondo à concepção do passado como puro conhecimento, uma concepção vinculada à vida e à ação que seja capaz de gerar o futuro.