Este artigo discorre sobre a Política da Boa Vizinhança (1933-1945), analisando como as noções de superioridade e excepcionalidade estadunidense, desdobramentos da doutrina do Destino Manifesto e integrantes de uma narrativa de identidade cultural desse país, serviram para articular uma posição de hegemonia sobre a América Latina nessa conjuntura. Para efeito deste trabalho, foram utilizadas fontes bibliográficas e pronunciamentos de agentes do governo estadunidense. Os principais autores que norteiam as discussões acerca da Política da Boa Vizinhança são Bryce Wood, Lars Shoultz, Frederick Pike e Gerson Moura; referências no tema. Apesar de revestir-se da personalidade de um zeloso “grande irmão” e Bom Vizinho, a política da não intervenção apregoada pela Boa Vizinhança significava apenas uma mudança para formas mais sutis e, talvez, mais eficientes de intervenção.