A noção de governança arquivística proposta por Jardim (2018, p. 44) foi desenvolvida a partir da atuação das instituições arquivísticas no cenário brasileiro, em uma perspectiva nacional, estadual e municipal. A governança arquivística perpassa a dimensão macroarquivística e compreende ações transversais, envolvendo aspectos da dimensão arquivística e não arquivística, tendo como objeto a gestão. Destarte, o presente artigo visou identificar sob quais perspectivas a governança arquivística vem sendo analisada e aplicada no contexto brasileiro. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica nas bases de dados da BRAPCI, Scielo e no site Google Scholar. Como metodologia, adotou-se o paradigma indiciário e o “brauseio” (busca de termos específicos). Como método de abordagem, foi adotado o método indutivo. E como técnica de pesquisa, a pesquisa bibliográfica combinada com incidente crítico e “brauseamento”. Foram recuperados e analisados 21 trabalhos, nos quais foi possível perceber que a noção de governança arquivística vem sendo utilizada em contextos distintos ao proposto por Jardim (2018). Buscou ainda identificar o domínio dos autores brasileiros quanto à compreensão de termos relacionados à governança arquivística, como é o caso da gestão arquivística. Por fim, foram propostas três possíveis perspectivas de observação para a governança arquivística.