Este artigo discute alguns aspectos das cartas de alforria em Feira de Santana,
região agrestina da Bahia, entre os anos de 1850-1888. Com o objetivo de tomar as alforrias
para contar a história da experiência das cativas, é um estudo que busca compreender o
maior número de mulheres alforriadas se comparado aos homens naquela região,
localizando o problema num contexto mais amplo de discussão ao buscar observar graus
relativos de oportunidade e incentivo à alforria de mulheres situando-as na micropolÃtica
quotidiana da relação senhor/a-escravizada/o e da discussão sobre os significados do
paternalismo senhorial presente nas cartas de liberdade.