Este artigo aborda a ressignificação do banzeiro para os barqueiros de Babaçulândia (TO), atingidos pela Usina Hidrelétrica de Estreito. Ao longo de dois séculos, o termo esteve relacionado ao banzo – o estado de prostração e melancolia. Para os viajantes do século dezenove, o banzeiro representava a instabilidade das marés e a tristeza da tripulação. Banzeiro do Lago também foi o nome escolhido para um dos projetos do Consórcio de Energia Estreito, empreendedor da UHE de Estreito destinado à Associação dos Barqueiros de Babaçulândia. As representações e a insustentabilidade do projeto, numa perspectiva socioambiental e cultural, foram o objetivo da análise.