No Caminho das Minas, os jesuítas não eram bem-vindos: conflitos e disputas de poder na capitania do Rio de Janeiro, 1756-1759

Ano: 2020 | Volume: 26 | Número: 2

Autores: Marcia Amantino

Palavras-chave: jesuítas, Caminho das Minas, Antijesuitismo

Resumo Português:

Este texto tem o objetivo de analisar a representação que os moradores do Caminho de Inhomirim enviaram ao governador interino da capitania do Rio de Janeiro, José Antonio Freire de Andrade em agosto de 1756, acusando os jesuítas de terem se estabelecido na região não para catequisar os índios, mas sim para conseguirem mais terras para as suas propriedades. A partir desta queixa, documentos foram trocados entre as autoridades dos dois lados do Atlântico, permitindo reconstruir um momento de grande desgaste para a Companhia de Jesus, tanto com relação ao poder político que sempre tiveram, como também com relação à sociedade, que se sentiu mais poderosa para denunciar o que considerava como abusivo, a partir da política antijesuítica de Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro marquês de Pombal.

Resumo Inglês:

This paper analyzes the representation that the residents of “Caminho de Inhomirim” sent to the interim governor of the captaincy of Rio de Janeiro, José Antonio Freire de Andrade in August 1756, accusing the Jesuits of having established themselves in theregion not to catechize the Indians, but to get more land for their estates. Based on this complaint, documents were exchanged between the authorities on both sides of the Atlantic, allowing the reconstruction of a moment of great wear for the Society of Jesus, both in relation to the political power that they always had, but also in relation to the society, which felt more powerful to denounce what it considered abusive, based on the anti-Jesuitical policy of Sebastião José de Carvalho e Melo, future Marquis of Pombal.

Resumo Espanhol:

Este  texto  tiene  como  objetivo  analizar  la  representación  que  los  residentes  del “Caminho de Inhomirim” enviaron al gobernador interino de la capitanía de Río de Janeiro, José Antonio Freire de Andrade en agosto de 1756, acusando a los jesuitas deno haberse establecido en la región para catequizar a los indios, sinopara obtener más tierra para sus propiedades. Con base  enesta denunciase  intercambiaron  documentos  entre  las  autoridades  de  ambos  lados  del Atlántico, lo que permitió reconstruir un momento de gran desgaste para la Compañía de Jesús, tanto en relación con el poder político que siempre tuvo, como respecto a la sociedad que se sentía más poderosa para denunciar lo que consideraba abusivo, basándoseen la política antijesuita de Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro marqués de Pombal.