O artigo recupera o contexto da publicação do Sagarana (1946), de João Guimarães Rosa, privilegiando determinados aspectos que sobressaem na leitura dos documentos crÃticos publicados na imprensa do perÃodo. Parte-se da coleção de recortes organizada pelo próprio escritor, pertencente ao Fundo João Guimarães Rosa do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo, com o intuito de observar sua inserção no cânone local. Entre os problemas destacados – de gênero literário, estilÃsticos, originalidade e repetição −, atenta-se para a polêmica despertada por artigo inaugurador de Ãlvaro Lins, acusado de promover a exaltação do livro estreante e seu autor, funcionário do Itamaraty, a fim de ser recompensado com cargo público. Procuramos, assim, investigar que espécies de determinações estão em jogo na construção do valor de um nome literário, ainda que a excelência do tÃtulo de Guimarães Rosa superasse as provocações.
The article refers back to the publishing context of João Guimarães Rosa’s Sagarana in 1946 by focusing on some of the reviews and documents published in the press at the time. We depart from a collection of cuttings
organized by Rosa himself and which now belongs to the Fundo João Guimarães Rosa of the Instituto de Estudos Brasileiros of the Universidade de São Paulo. Our intention is to observe the book’s entry in the literary local canon. Amongst matters of genre, style, originality and repetition we also discuss the polemic raised by Ãlvaro Lins’s inaugurating article, accused of promoting the book in exchange for a position favored by Itamaraty, institution where Guimarães Rosa worked. Our purpose is to provide an investigation on the factors which construct a literary name, apart from the literary excellence credited to Guimarães Rosa’s text.