Faz quase um ano que pedi à mestranda lna Emmel a tradução deste pequeno artigo de Rüdiger Zill. Meu pedido se sustentava no meu próprio interesse pelo tema da metáfora c pela indicação cio prof. Klaus Ebert de quese tratava de um artigo curto, mas preciso ("rigth to the point"). De fato,ambos os predicados se aplicam ao texto de Zill: de forma breve ele refaz com bastante precisão um percurso de reflexão sobre a metáfora na filosofia anglo-saxônica: de Max 131ack e Donald Davidson a Richard Rorty. E, o que me parece mais importante, refaz este percurso de forma instigante. Grosso modo,o autor mostra como a metáfora, antes fenômeno relegado a segundo plano,pensada como um ornamento ao texto, sem valor cognitivo, porque a semelhança apresentada pré-existia, passa a ser central na construção deformas de organizar, de construir, realidades. O ponto culminante deste processo é Richard Rorty.
Na verdade muitas das afirmações de Zill merecem ser "pontuadas",porque do modo como são apresentadas são bastante cruas, e criticadas, sua leitura de Rorty não é consensual.