A leitura do texto literário na escola, muitas vezes, remonta a matrizes epistemológicas embasadas em obediência, exclusão e funcionalização de corpos e subjetividades. Diante desse cenário, exploramos neste artigo uma experiência de educação literária realizada numa turma de 8º ano do Ensino Fundamental de escola federal da Zona Sul do Rio de Janeiro. Para isso, utilizamos os conceitos de “leitura subjetiva”, de Annie Rouxel, de “conversa literária”, de Cecília Bajour, e de “estética da existência”, de Michel Foucault, considerando que o trabalho com o texto literário produz liberdade(s) e (re)existência a determinados exercícios de poder-saber que ainda vigoram na escola.
The reading of literary texts at school, more often than not, still traces back to epistemological matrixes that are based on obedience, exclusion, and usage of bodies and subjectivities. In view of this scenario, this article explores a literary experiment carried out in an 8th grade class at a federal school in the south region of Rio de Janeiro. For this purpose, we use the concepts of subjective reading by Annie Rouxel, literary conversation by Cecília Bajour, and aesthetics of existence by Michel Foucault, considering that working with literary texts generates freedom(s) and (re)existence to certain power - knowledge exercises still present in the educational system.