As imagens da obra de Patricio Guzmán não possuem um destino mais nobre e concreto senão o de resgatar a memória suprimida pela ditadura chilena de Augusto Pinochet. Suas imagens nos concedem uma lição de história e de humanidade. A partir de análise de fragmentos dos filmes do diretor chileno, este estudo pretende examinar a ideia de resgate e corporificação de uma memória física e afetiva, a partir das possibilidades abertas pela sobrevivência das imagens registradas pelo cinema de Guzmán, que luta para comprovar os crimes de Pinochet, e honrar a identidade dos mortos naquele período.