Notações espaciais como formas de inteligibilidade cultural: Graciliano Ramos, José María Arguedas, Juan José Saer

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ISSN: 22383824
Editor Chefe: César Nardelli Cambraia
Início Publicação: 30/11/1981
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

Notações espaciais como formas de inteligibilidade cultural: Graciliano Ramos, José María Arguedas, Juan José Saer

Ano: 2005 | Volume: 10 | Número: 0

Palavras-chave: Graciliano Ramos, Vidas Secas, José María Arguedas, A agonia de Rasu-Ñiti, Juan José Saer, El limonero real, espaço, cultura

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Estudam-se, neste artigo, formas de desenhar o espaço literário com a perspectiva do “lugar” e do “movimento no lugar” em escritores com fortes vínculos com, pelo menos, duas tradições. É possível afirmar que cada tradição _ e dentro delas, cada período histórico _ consolida um modo de representação do espaço e, com isso, reflete uma visão de mundo particular. A expectativa é encontrar novas formas de inteligibilidade da cultura a partir dos problemas de figuração. Os três autores estudados são latino-americanos: José María Arguedas é peruano e considerado um escritor bicultural, sendo como foi ligado tanto às culturas indígenas de sua região (aymara e quéchua) quanto ao que de mais moderno apresentava a literatura de América Hispânica nas décadas de 50 e 60 (o realismo mágico e o testemunho); Graciliano Ramos é comumente associado à tradição literária brasileira no que esta tem de ocidental e moderna, mas mostra fortes vínculos com o interior do nordeste, o que lhe empresta um perfil ligado a dois aspectos determinantes da cultura brasileira; Juan José Saer é argentino e ligado, por um lado, à tradição argentina dos séculos XIX e XX, e, por outro, conectado, pelas circunstâncias de seu exílio (1968 até sua morte, em 2005) à França e à cultura européia. De Graciliano Ramos privilegia-se aqui seu romance Vidas Secas; de José Maria Arguedas seu conto A agonia de Rasu-Ñiti; de Juan José Saer, seu romance El limonero real.



Resumo Espanhol:

Se estudian, en este artículo, formas de bosquejar el espacio literario desde la perspectiva del “lugar” y del “movimiento en el lugar” en escritores con fuertes vínculos con, por lo menos, dos tradiciones. Es posible afirmar que cada tradición — y en su interior, cada período histórico — consolida un modo de representación del espacio y, de ese modo, refleja una visión de mundo particular. La expectativa es encontrar nuevas formas de inteligibilidad de la cultura a partir de los problemas de figuración. Los tres autores estudiados son latinoamericanos: José María Arguedas es peruano y considerado un escritor bicultural, siendo como fue ligado tanto a las culturas indígenas de su región (aymara y quechua) como a lo que de más moderno presentaba la literatura de América Hispánica durante las décadas de 50 e 60 (el realismo mágico y el testimonio narrativo); Graciliano Ramos es comúnmente asociado a la tradición literaria brasileña en lo que ésta tiene de occidental y moderna, por sus elecciones literarias e ideológicas (su adhesión al Partido Comunista Brasileño), pero no podemos dejar de vincularlo con el interior del nordeste, lo que le presta un perfil ligado a dos aspectos determinantes de la cultura brasileña de la época; Juan José Saer es argentino y vinculado, por un lado, a la tradición argentina de los siglos XIX y XX, y, por otro, conectado, por las circunstancias de su exilio (1968 hasta su muerte, en 2005) a Francia y a la cultura europea. De Graciliano Ramos privilegia-se aqui seu romance Vidas Secas; de José Maria Arguedas seu conto La agonía de Rasu-Ñiti; de Juan José Saer, su novela El limonero real.